
Rumores de que o paramore estará no Brasil em Fevereiro de 2011, mas para tristeza de alguns
são apenas rumores, mas mesmo assim ficamos na expectativa
Há um ano, ontem, nós lançamos nosso terceiro disco de inéditas com o nome de “brand new eyes”. Era um dia muito importante para nós porque esse era o álbum que ia mostrar às pessoas que depois de todas as merdas pelas quais passamos, nós não iríamos a lugar algum.
A turnê que havíamos planejado era pra começar no dia 29 de setembro e durar pouco mais que um mês. Foi uma maneira de lançar esse álbum e voltar a ficar em frente aos nossos próprios fãs nos EUA depois de um ano de viagens internacionais e uma grande turnê no verão abrindo para o No Doubt. Então fomos para Pomona na manhã do dia 29 e estávamos prontos para provar às pessoas que estávamos de volta e não havia nada que podiam fazer quanto a isso. O único problema é que eu não tinha voz. Tipo, nenhuma.
Estava convencida que era algo da minha imaginação – apenas na minha cabeça – e nós entramos no palco naquela noite de qualquer forma. Mas a maneira como isso acabou me deixou com ma batalha mental maior e sérios problemas na garganta. Eu saí do palco faltando cantar três músicas e sem explicar para a plateia o que estava acontecendo. Minha voz havia sumido completamente e eu mal conseguia falar. Então depois que os garotos vieram aos bastidores me procurar e saber o que estava acontecendo, eu estava aterrorizada com a ideia de sair ali e ver o que Pomona achava disso. Josh garantiu a todos que era a melhor coisa a ser feita. Ele estava completando 22 anos naquela noite, como se a noite já não fosse especial o bastante para nós.
Então os garotos voltaram para o palco, sem mim. Josh falou para a plateia que eu não conseguia cantar, e que eles deveriam cantar para mim, alto o bastante para que conseguisse ouvir de onde estava sentada. E quando eles começaram “Misery Business” e a plateia começou a cantar minhas partes, estilo karaokê… Eu sentei no chão, num canto dos bastidores, ouvindo e chorando como um bebezinho.
Não existem muitos momentos na minha vida pertinentes à música em que eu possa simplesmente me afastar e deixar outras pessoas fazerem todo o trabalho por mim. Eu me sinto culpada se não trabalhar tanto quanto ou mais do que outras pessoas. Foi preciso tudo em mim para não correr lá pra fora e tentar fazer algo que eu pensava que podia resolver. Mas a maior humilhação que já senti e o maior orgulho foram quando eu percebi que não podia fazer nada. Exceto apenas deixar nossos fãs – as pessoas que mais acreditam em nós, e em quem nós acreditamos – cantarem. Quão doce o som.
Isso é para todos os nossos fãs. Faz um ano e um dia. Foi uma noite que mudou a vida de todos nós e nunca a esqueceremos. Continuaremos construindo memórias.
Hayley.